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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Samuel Ferreira é destaque na revista Isto É; “Um pastor moderno entre os radicais”

Samuel Ferreira é destaque na revista Isto É; “Um pastor
moderno entre os radicais”

Um dos líderes da AD, a maior e uma das mais conservadoras
igrejas evangélicas do Brasil, Samuel Ferreira rompe tradições,
libera costumes e atrai fiéis para o seu templo


Samuel Ferreira é destaque na revista Isto É; “Um pastor moderno
entre os radicais”
O evangélico desavisado que entrar no número 560 da ave­nida Celso
Garcia, no bairro paulistano do Brás, poderá achar que não está entrando
em um culto da Assembleia de Deus. Maior denominação pentecostal do País
– estima-se que tenha 15 milhões de adeptos, cerca de metade dos
protestantes brasileiros –, historicamente ela foi caracterizada
pela postura austera, pelo comedimento na conduta e, principalmente,
pelas vestimentas discretas de seus membros. Por conta dessa última
particularidade, tornou-se folclórica por forçar seus fiéis a celebrarem
sempre, no caso dos homens, de terno e gravata e, entre elas, de saia
comprida, camisa fechada até o punho e cabelos longos que deveriam passar
longe de tesouras e tinturas. Era a igreja do “não pode”. Não podia,
só para citar algumas interdições extratemplo, ver tevê, praticar esporte
e cultuar ritmos musicais brasileiros. A justificativa era ao mesmo tempo
simples e definitiva: eram coisas do capeta.
No templo do Brás, porém, às 19h30 do domingo 15, um grupo de cerca de
vinte fiéis fazia coreografias, ao lado do púlpito, ao som de uma batida
funkeada. Seus componentes – mulheres maquiadas e com cabelos curtos tingidos,
calça jeans justa e joias combinando com o salto alto; homens usando
camiseta e exibindo corte de cabelo black power – outrora sofreriam
sanções, como uma expulsão, por conta de tais “ousadias”. Mas ali
eram ovacionados por uma plateia formada por gente vestida de forma
parecida, bem informal. Palmas, também proibidas nas celebrações
tradicionais, eram requisitadas pelo pastor Samuel de Castro Ferreira,
líder do templo e um dos responsáveis por essa mudança de mentalidade
na estrutura da Assembleia de Deus, denominação nascida em Belém, no
Pará, que irá festejar seu centenário no mês que vem. “Muitos chamam
de revolução, mas o que eu faço é uma pregação de um evangelho puro,
sem acessórios pesados”, afirma ele, 43 anos, casado há vinte com a
pastora Keila, 39, e pai de Manoel, 18, e Marinna, 14. “A maior igreja
evangélica do País está vivendo um redescobrimento.”
Sentado em uma cadeira logo ao lado do coral, Ferreira, que assistiu à
televisão pela primeira vez na casa do vizinho, aos 7 anos, escondido do
pai, Manoel Ferreira, pastor assembleiano, desliza o dedo indicador em
um iPad segunda geração enquanto o culto se desenrola. Acessa a sua
recém criada página no Twitter por meio da qual, em apenas um mês,
amealhou mais de 110 mil seguidores. Quando se levanta para pregar a
palavra, deixa visível o corte alinhado de seu terno e a gravata que
combina com o conjunto social. Não que o pastor se furte em pregar de
jeans, tênis e camisa esporte – tem predileção por peças da Hugo Boss –,
como faz em encontros de jovens. “Samuel representa a Assembleia de
Deus moderna, com cara de (Igreja) Renascer (em Cristo)”, opina o
doutorando em ciências da religião Gedeon Alencar, autor de “Assembleias
de Deus – Origem, Implantação e Militância” (1911-1946),
editora Arte Editorial. “Os mais antigos, porém, acham o
estilo dele abominável.”Natural de Garça, interior de São Paulo,
formado em direito e com uma faculdade de psicologia incompleta,
Ferreira é vice-presidente da Convenção de Madureira,
que é comandada por seu pai há 25 anos e da qual fazem parte 25 mil
templos no Brasil, entre eles o do Brás. Os assembleianos não são uma
comunidade unificada em torno de um líder. Há, ainda, os que seguem a
Convenção Geral, considerada o conglomerado mais poderoso, e o grupo
formado por igrejas autônomas. Ferreira assumiu o templo da região central
da capital paulista há cinco anos e passou a romper com as tradições.
Ao mesmo tempo, encarou uma cirurgia de redução de estômago para perder
parte dos 144 quilos. “Usar calça comprida é um pecado absurdo que recaía
sobre as irmãs. Não agride a Deus, então liberei”, diz o pastor, 81 quilos,
que até hoje não sabe nadar e andar de bicicleta porque, em nome da crença
religiosa, foi proibido de praticar na infância e na adolescência.
Sua Assembleia do “pode” tem agradado aos fiéis. “Meu pai não permitia que
eu pintasse as unhas, raspasse os pelos ou cortasse o cabelo”, conta a dona
de casa Jussara da Silva, 49 anos. “Furei as orelhas só depois dos 40 anos.
Faz pouco tempo, também, que faço luzes”, afirma Raquel Monteiro Pedro,
47 anos, gerente administrativa. Devidamente maquiadas, as duas desfilavam
seus cabelos curtos e tingidos adornados por joias pelo salão do Brás, cuja
arquitetura, mais parecida com a de um anfiteatro, também se distingue das
igrejas mais conservadoras.
A relativização dos costumes da Assembleia de Deus se dá em uma época em que
não é mais possível dizer aos fiéis que Deus não quer que eles tenham vaidade.
A denominação trabalha para atender a novas demandas da burguesia assembleiana,
que, se não faz parte da classe média, está muito perto dela, é urbana e frequenta universidades. É esse filão que está sendo disputado. Uma outra igreja paulista
já promoveu show no Playcenter. No Rio de Janeiro, uma Assembleia de Deus
organiza o que chama de Festa Jesuína, em alusão à Festa Junina. Segundo o
estudioso Alencar, as antigas proibições davam sentido ao substrato de pobreza
do qual faziam
parte a grande maioria dos membros da Assembleia de Deus. “Era confortável para
o fiel que não tinha condição de comprar uma televisão dizer que ela é coisa do
diabo. Assim, ele vai satanizando o que não tem acesso.”
Importante figura no mundo assembleiano, o pastor José Wellington Bezerra da
Costa, 76 anos, presidente da Convenção Geral, não é adepto da corrente
liberal. “Samuel é um menino bom, inteligente, mas é liberal na questão dos
costumes e descambou a abrir a porta do comportamento”, afirma. Ferreira,
por outro lado, se diz conservador, principalmente na questão dos dogmas.
Em suas celebrações, há o momento do dízimo, do louvor, da adoração e um
coral clássico. Ao mesmo tempo, é o torcedor do Corinthians que tuita pelo
celular até de madrugada – dia desses, postou que saboreava um sorvete às 4h30
–, viaja de avião particular e não abre mão de roupas de grife. Um legítimo
pastor do século XXI.

Fonte: Isto É

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